Não sei como
descrever sobre essa solidão. Talvez eu possa começar falando sobre tudo que
meus olhos presenciaram em meio a tantas belezas singelamente imagináveis. Encontrei-me
em meio a infinitos gostos, costumes, culturas. Solidão é um pouco disso, é ter
plena companhia, estar em um lugar altamente majestoso e por horas se sentir
como um felino sem abrigo, sem dono. Eu sei ser feliz, gosto dessa paz, mas,
sei lidar perfeitamente com a solidão que faz parte do meu ser complexo. Não
tenho medo de estar em única companhia, não me assombra a solidão que muitas
vezes impiedosamente castiga cada pedacinho. Meus medos são muitos mais
concretos, nada me faz temer mais nesta vida do que ter que encarar algo que me
tire os pés do chão, como por exemplo, embarcar naquele enorme avião. Chega a
ser engraçado, mas é como quando nos apaixonamos. É temível deixar se levar por
aquilo que nos tira de nós mesmos. Ser responsável por conduzir de forma maleável
a minha solidão é tarefa que poucos conseguem.
Sou amante
de mim mesma!