A partida

É mais uma mudança, das tantas que já propôs, mas essa em especial tem sabor de revolução. Partia para o completo desconhecido , sem rota traçada, sem medos. Pela primeira vez ela não sabia o que era roer as unhas de ansiedade, não houve nenhuma noite mal dormida ou as habituais olheiras. 
O quarto onde cresceu, onde escreveu os primeiros poemas, chorou as dores dos primeiros amores e brindou outros tantos. O cãozinho de estimação chorou em seu colo ele sabia que ao partir de imediato não poderia leva-lo consigo. Nas malas colou todas as suas roupas e com elas carregava lembranças doces e amargas de 19 anos bem vividos , bem sofridos, quase resolvidos. Por fim levou seu bem de maior valor dentro do seu coração, sua mãe a quem devia a alma, a quem amava mais do que qualquer coisa nesta vida. Rolarão muitas lágrimas quando a saudades uma a outra bater e ecoar em seus corações que a principio se sentirão vazios com a ausência infeliz uma da outra.
Ao trancar a porta pela ultima vez ela não pensa em olhar para trás, com um sorriso nos olhos carrega nas malas a coragem de começar de novo.



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