Aquele verão
Ela andava
pelas ruas da avenida mais exuberante de São Paulo, que de tanta beleza e
diversidade de cores e amores tornou-se sua avenida favorita no quesito “lar”.
Avenida Paulista, dezembro de dois mil e tantos...Olhava então
vitrines, livrarias, bares e cafés a procura de um lugar para aconchegar-se em
vida. Havia luzes por toda parte por conta do clima natalino que se fazia
presente na cidade mais caótica deste imenso país. Acomodou-se
então em um café de esquina com a Rua Augusta, pediu um expresso médio e pegou
seu livro favorito para distrair-se. Alguns milésimos de segundos depois,
aproximou-se da mesa uma garota de cabelos enrolados, olhar fixo e jeito sutil,
perguntando se poderia compartilhar de sua mesa, pois todas estavam ocupadas.
Paulistano realmente adora um café! Ao olhar
para a linda moça de voz suave e cabelos enrolados, sorriu timidamente e pediu
para que ficasse a vontade para que dividissem o mesmo espaço. Entre um
café e outro, uma música e outra ao fundo do estabelecimento que insistia em
repetir “John secada-Angel” as duas moças trocaram gostos em comum, sorrisos e
infinitas expressões faciais. E assim passaram-se incríveis quatro horas e meia
de conversas paralelas e admirações absolutas. E no final
do acaso encontro de almas, um beijo doce para selar o começo de uma vida esplendidamente
compartilhada na selva de pedras mais intimista da cidade de São Paulo.
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