O eu intrínseco

Silêncios, me pego buscando compreender este momento único de autoconhecer e perceber o que mais necessita ser reparado. Um mergulho inteiramente intimo. O banho quente trás paz, a escolha dos novos objetos, das plantas e do tipo de vinho necessário para manter em estoque deixa tudo mais intimista e acolhedor, acolhe-dor.
Mentalizo fortes agradecimentos ao universo pelo ciclo.
Nutro meu presente como quem acaba de entrar em um novo relacionamento, de fato é novo o ato de relacionar-se consigo mesmo e adentrar-se na fascinante descoberta do meu eu, pulsante, vibrante, ardente. Amo-me como uma mulher que acaba de descobrir seu poder de ser e pertencer. Desejo-me como quem acaba de descobrir seu ponto mais excitante ao tocar em seu intimo e entender que o principio do prazer começa com a própria descoberta da satisfação do desejo, sexual e de tantos outros desejos.
No tapete do quarto após alongar meu corpo faço dele meu lugar de libertação e danço como quem busca a intimidade da própria solitude imprescindível.
Prazer e angustia andando de mãos dadas, uma linha tênue entre o medo do desconhecido e o desejo do encontro.  

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