Permanecemos correndo riscos

Queria entender melhor como você se sentiu deixando a gente tanto para depois.

Você sempre tão boa nisso e eu sempre falhando miseravelmente.

Você é tão boa na pausa quanto é na arrancada. Quando passa por mim sai levando tudo, é efêmera. Tão intensa quanto eu, porém, mais podada que eu já consegui ser, e olha que é dificil eu me podar, embora que de uns tempos pra cá venho sentido a nessecidade de aparar alguns costumes que não me levam muito londe de onde quero chegar em algum momento.

Gostaria de escrever menos sobre sua pessoa, mas você me causa um desejo tremendo de colocar pra fora tudo aquilo que eu sinto aqui dentro.

Eu fiz algumas promessas a mim a respeito do que você me desperta. Acha que vou conseguir cumprir? Tenho duvidado um pouco de que eu vá conseguir controlar essa parte de mim porque no fim eu nunca consegui.

Será que você sente por mim na mesma medida do que eu sinto por você? Tenho duvidado disso a um certo tempo também. Talvez isso seja fruto do fato de que eu nomeio mais que você a forma como me sinto. Sendo assim, é um pouco injusto querer comparar ou medir qualquer coisa entre eu e você.

E todas as vezes que eu paro para pensar em como foi que chegamos aqui novamente eu me lembro que se apaixonar por alguém é algo que passa tão longe de qualquer tentativa de controle que tentamos ter na vida. É um risco grande e eu que antigamente gostava tanto de correr riscos, hoje já me vejo diferente disso, tenho medo de correr esse tipo de risco e acredito que diante de tudo você também tenha.

Nossa história daria um livro bonito, mas será que teria um final feliz?

Eu ainda não tenho essa resposta, nem tantas outras. Então a gente vai seguindo, e certamente correndo riscos, como não gostaríamos, porém seguimos.