Hoje mais profana do que sagrada

Hoje queria incendiar numa cama, mas não numa cama qualquer, nem com uma mulher qualquer. 
Hoje queria arder em chamas. Ser provocada e provocar, como quem com fome a horas devora e é devorada, servindo e sendo servida.
Hoje queria o meu corpo de banquete para matar sua fome.
Queria você rasgando minha calcinha de renda cor de vinho e chupando meus seios sem pedir licença.
Hoje queria subir no seu corpo e sentir ele fervendo em prazer, vê-lo se contorcer de tesão com minhas mãos explorando cada curva e detalhe dele.
Queria ouvir você me implorando para beber do seu líquido enquanto eu desço até sua buceta para matar minha sede de você.
Hoje eu queria a gente em cima de uma cama tocando simultaneamente a buceta uma da outra e esboçando gemidos de muito tesão.
Queria você me comendo sem cerimônias, sem medo, sem performance. 
Queria você nua de corpo mas também de alma, sem amarras. 
Porque eu quero te comer sem receios, sem roteiros, sem pudor. Sentindo você derreter por baixo do meu corpo enquanto te toco como quem toca música clássica em um piano. Escutando The weeknd como estou fazendo agora ao escrever esse texto.
Queria beijar seu pescoço e percorrer minha língua na sua nuca enquanto sussurro em seus ouvidos o quanto é gostoso te ver sendo minha.
Essa noite queria te ver nua, ver tuas curvas, teus contornos. Ver teus olhos de desejo por mim suplicando enquanto morde o lábio inferior da boca, pedindo mais. Queria a gente juntas, nuas, suadas, quentes, esgotadas por orgasmos e vinho tinto. Queria a gente perdidas nas horas que se passaram depois dessa transa, queria a gente em transe depois de gozar.


Venho trabalhado nas minhas últimas análises sobre o sexo, meu corpo, meu desejo e a maneira como quero desejar e ser desejada. Isso vem me atravessado muito nos últimos meses e decorrente a tudo isso resolvi fazer um texto que eu pudesse me expressar de maneira poética, profana e artistica.

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