Meio ano, meio século

 Meio ano se passou...

Tiveram coisas que eu desejei e acontecerem, tiveram coisas que eu nem si quer cogitei imaginar e elas também aconteceram e nao só aconteceram como me arrebataram. Eu me perdi nesse meio ano, eu me reencontrei nesse meio ano e eu sinto que ainda estou tentando compreender o desatar de algumas nuances. Ser fiel aos próprios sentimentos é tarefa árdua. Sentir por sentir sem compreender minimamente não se mantém. Percebi que fingir que não sente é pior do que sentir demais. Velei sentimentos, escondi de mim mesma o que ainda sentia, muito não era dito. Eu magoei pessoas, eu magoei a mim. Eu findei, eu reeiniciei e recalculei rotas. 

Eu chorei, eu fiquei muito chateada, decepcionada, frustrada. Eu me escondi, me apaguei, eu passei necessidades de pessoas na minha frente, eu resisti, eu insisti. Me lendo agora percebo a montanha russa que foi até chegar aqui. Junho, outono, folhas caindo, flores morrendo, a passagem das estações ensinando que ciclos se encerram, que outros se iniciam e assim como a natureza ensina que precisamos passar por todas as estações para florir, nós também precisamos.

Eu li sobre mim em outro lugar hoje, ler sobre mim é quase que paradoxal. Porque se enxergar por uma outra perspectiva causa infinitas sensações. Eu não tenho o que dizer a respeito, porque no fundo o que penso prefiro guardar pra mim. Aqui faço jus ao que sinto, ao que penso e ao que vejo, mas é sobre minha percepetiva e pontos de vista sao tão subjetivos que alguns é melhor deixar guardadinhos.

A gente falha na vida, com a gente, com os outros. A gente erra tentando acertar. É a vida acontecendo e nem tudo da para ser compreendido de antemão.  Viver exige escolher.

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