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Hoje mais profana do que sagrada

Hoje queria incendiar numa cama, mas não numa cama qualquer, nem com uma mulher qualquer.  Hoje queria arder em chamas. Ser provocada e provocar, como quem com fome a horas devora e é devorada, servindo e sendo servida. Hoje queria o meu corpo de banquete para matar sua fome. Queria você rasgando minha calcinha de renda cor de vinho e chupando meus seios sem pedir licença. Hoje queria subir no seu corpo e sentir ele fervendo em prazer, vê-lo se contorcer de tesão com minhas mãos explorando cada curva e detalhe dele. Queria ouvir você me implorando para beber do seu líquido enquanto eu desço até sua buceta para matar minha sede de você. Hoje eu queria a gente em cima de uma cama tocando simultaneamente a buceta uma da outra e esboçando gemidos de muito tesão. Queria você me comendo sem cerimônias, sem medo, sem performance.  Queria você nua de corpo mas também de alma, sem amarras.  Porque eu quero te comer sem receios, sem roteiros, sem pudor. Sentindo você derreter por b...

Meio ano, meio século

 Meio ano se passou... Tiveram coisas que eu desejei e acontecerem, tiveram coisas que eu nem si quer cogitei imaginar e elas também aconteceram e nao só aconteceram como me arrebataram. Eu me perdi nesse meio ano, eu me reencontrei nesse meio ano e eu sinto que ainda estou tentando compreender o desatar de algumas nuances. Ser fiel aos próprios sentimentos é tarefa árdua. Sentir por sentir sem compreender minimamente não se mantém. Percebi que fingir que não sente é pior do que sentir demais. Velei sentimentos, escondi de mim mesma o que ainda sentia, muito não era dito. Eu magoei pessoas, eu magoei a mim. Eu findei, eu reeiniciei e recalculei rotas.  Eu chorei, eu fiquei muito chateada, decepcionada, frustrada. Eu me escondi, me apaguei, eu passei necessidades de pessoas na minha frente, eu resisti, eu insisti. Me lendo agora percebo a montanha russa que foi até chegar aqui. Junho, outono, folhas caindo, flores morrendo, a passagem das estações ensinando que ciclos se encerr...

Sentidos

 Tem coisa que não se explica mesmo, o tanto nessa vida que eu já bati cabeça para encontrar sentido em algumas coisas, não está escrito.  Tem coisa que só é e pronto. Dada as circunstâncias cá estou eu de novo passando pelo mesmo caminho que exitei pelo medo de me perder ao caminhar por ele. Me deparei com esse caminho um tempo atrás, corri de volta ao conhecido, parecia uma criança com medo do monstrinho de dentro do guarda roupas que inventaram pra gente que ele existia. Há o medo! Como ele é sorrateiro, ele é tão silencioso e sutil as vezes que nem nos damos conta que é ele quem nos faz entrar em estado de fuga. Entrei em estado de órbita, sai de mim e nada melhor para o medo do que uma pessoa desconectada de si mesma. E lá mesmo que ele se alimenta. Agora é duro voltar para o estado de presença, palavra essa que escolhi para definir e me acompanhar ao longo deste ano. Parar, recalcurar a rota, criar coragens para dar os passos naquele caminho novo, aquele lá que quando no...

Retiro - Junqueiro (AL)

Silenciando tudo o que me atravessa, que me anseia, que me bloqueia de ser eu mesma em minha magnitude e autenticidade. Desintoxicando minhas células, véstebras, moléculas, mente e o coração. Reconhecendo tudo o que mereço, que desejo, que me afeta e que desperta em mim a coragem de me amar e ser amada em todas as minhas versões. Sentindo que começou uma revoluçao dentro de mim, revolução essa que me ensina a não ser pouco, receber pouco nem me encaixar para caber. Minha nova casa já tem estruturas mais firmes e seguras. Precisei refaze-las várias vezes até me sentir mais confortável dentro dela. Texto escrito 24.08.2024 quando estava imersa em um retiro por um final de semana inteiro. Reler este texto me reacende algumas chamas.  

Você é como a via lactea

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Nunca tinha visto um meteoro tão de perto, até você chegar. Tão luminoso quanto um! Impossível de não se perceber. Popularmente um meteoro é uma estrela cadente e isso me lembrou o portal  11.11 do ano passado, neste dia escrevi um texto intencionando o tipo de mulher que eu gostaria de ter como presente na minha vida, eu ainda morava em Maceió e estava me preparando para mais uma mudança de cidade. Lembro que no texto eu descrevia que quem entrasse viesse de coração e peito aberto. Coincidência? não sei, afinal quando olho para tras as antigas mulheres que cruzaram comigo estavam de coração fechado, algumas eram feito rochas, dificil de acessar, fechadas para o amor. E até ai tudo bem, este texto na verdade nem é sobre quem já passou por aqui, mas sim sobre quem iluminou a minha estrada feito uma estrela cadente. Você. Eu descobri recentemente que alguns metoritos são originários da lua e de marte, sabe o que isso significa para mim? muita coisa, afinal eu sou uma amante de astrol...

Lua nova, boas novas

  Hoje a lua está nova e isso me lembrou das coisas novas que intui para este ano, que além de intui-las eu escrevi sobre elas em meu caderno de sentimentos.  Faço isso desde que me percebi na necessidade de me relembrar que nao é percorrendo os mesmos caminhos que vou chegar nos lugares mais desejáveis que sonho para mim. Estou tentando deixar para traz aquela velha mania de expremer para caber, de lutar muito para ganhar um lugar na vida de alguém, de ser a que mais aposta as fichas. Lugar esse que não aprendemos sozinhas a parar nele, sabe? Tem gosto de infância com pitadas de adolescência. Daquelas épocas que gritavamos alto por um mínimo de atenção.   E percorrer por um caminho diferente demanda um baita esforço, mas tenho a grande intuição de que os resultados após a longa travessia são tão recompensadores quanto os de mudar a primeira vez para uma cidade nova e recomeçar do zero. E disso eu entendo bem, de recomeços. Todas as vezes que precisei recomeçar tive ...

Do que sou feita

 Sou feita de tudo aquilo que me afeta.  Das pessoas que já me atravessaram e as que ainda me atravessam. Dos lugares que passei e me demorei. Sou feita da arte que fala por mim até mais do que eu seja capaz de comunicar e expressar. Dos amores que me transformaram ao longo do caminho, desde minha familia as minhas amigas. Sou um pouco das mulheres que me relacionei por um período que me apresentaram caminhos bonitos e outros um tanto doloridos. Sou feita de tudo aquilo que me movimenta, do que minha alma alimenta. Dos dias de sol quente, mas também da chuva que me nutre ao chegar lavando tudo que se faz necessário. Sou feita da pressa, do anseio, do desejo e da fluidez. Mas também da calmaria, do silêncio, da introspecção, do medo. Sou feita de tantas coisas e ainda há tantas delas que irão me afetar e me compor.        Sigo feroz ao descobrimento.